Olá pessoal, quanto tempo hein? rsrsrs
Bom, tenho aqui comigo algumas considerações sobre o sumiço e já relatei também anteriormente que é a faculdade. Agora de posse de minhas merecidas férias, venho realizar mais uma postagem de grande importância para a história da arte que são os Muralistas Mexicanos. Uma arte social, grandiosa e plena de pensamentos revolucionários de sua época. É a mais pura expressão de um povo cansado de ditadura e de descaso com as suas origens. Essa arte, retrata bem o contexto social do México nos anos 20 pós derrubada do regime do ditador Porfírio
Diaz.
Segue então uma breve história de como nasce a arte muralista para que vocês possam entende-la melhor. Lembrando que, minha breve pesquisa se deu através do meu curso de História da Arte na PUC com o auxilio e texto do Prof. Mestre Marcelo Squinca, utilizando o livro que hoje entra para o catálogo de raridades : ADES, Dawn: "O movimento muralista mexicano" in: Arte na América Latina: a era moderna: 1820-1980. São Paulo, Cosac & Narfy, 1977 . Caso alguém tenha este livro e queira se desfazer, aceito doações, rsrsrs.
Portanto, vamos para a leitura de uma arte revolucionária:
A pintura
mural (ou afresco) é uma das formas mais antigas e importantes de expressão
política e social na História. Os muralistas mexicanos resgataram essa forma de
pintura, criando um gênero de arte pública incomparável, ímpar em importância e
influência.
Os desdobramentos
do muralismo mexicano são de longo alcance, uma vez que esse movimento chegou a influenciar artistas de várias partes do mundo - em especial da América Latina
- e não apenas durante o período de seu auge, a década de 1920, mas
até recentemente, como no caso do exemplo na figura abaixo, dos murais pintados durante o
governo sandinista (1979-1990), na Nicarágua.
Os muralistas
foram o grupo, mais atuante e criativo que formava a vanguarda cultural
revolucionária do México com um forte sentido do valor social da arte.
A violenta
revolta de 1910 contra o regime de Porfírio Diaz que durou dez anos deixava
sempre a cadeira da presidência vazia.
A revolução,
um acontecimento de proporções cataclísmicas, veio trazer uma nova consciência
ao México.
A pose do
primeiro líder revolucionário, Álvaro Obregón para o cargo de presidente em
1920 trouxe um período de esperança e otimismo no qual nasceria o movimento muralista.
Álvaro Obregón
nomeou como Ministro da Educação de seu governo o filósofo revolucionário José
Vasconcelos, o que explica, em parte, o predomínio das artes visuais e a
primazia cultural do muralismo nesse período. (ADES, p.151)
A teoria
social de Vasconcelos, que estava fundamentada em conceitos pictográficos e no
positivismo do filósofo Augusto Comte, sustentava a ideia de que a evolução de
uma sociedade se dá através de três estágios, sendo o mais avançado o da
estética. Vasconcelos estava convicto de que o México revolucionário não
tardaria a entrar nesse estágio, mas, para tanto, se fazia necessária uma “arte
para o povo”, que não se mantivesse confinada às galerias, aos museus, mas que
estivesse acessível a todos.
A pose do
primeiro líder revolucionário, Álvaro Obregón para o cargo de presidente em
1920 trouxe um período de esperança e otimismo no qual nasceria o movimento muralista. Nomeando para Ministro da Educação de seu governo o filósofo revolucionário José
Vasconcelos, o que explica, em parte, o predomínio das artes visuais e a
primazia cultural do muralismo nesse período.
A teoria
social de Vasconcelos, que estava fundamentada em conceitos pictográficos e no
positivismo do filósofo Augusto Comte, sustentava a ideia de que a evolução de
uma sociedade se dá através de três estágios, sendo o mais avançado o da
estética. Vasconcelos estava convicto de que o México revolucionário não
tardaria a entrar nesse estágio, mas, para tanto, se fazia necessária uma “arte
para o povo”, que não se mantivesse confinada às galerias, aos museus, mas que
estivesse acessível a todos. (ADES, p.151)
Para muitos mexicanos, a Revolução
revelou seu verdadeiro país, o que teria dado aos artistas, em especial aos
artistas plásticos, a inspiração advinda dessa nova realidade. Isso explicaria
por que os pintores muralistas inundaram as paredes de locais públicos com
torrentes de imagens, as mais variadas - realistas, alegóricas, satírica -, que
refletiam a história e a multiplicidade da cultura mexicana, bem como suas
próprias aspirações e conflitos.
Essa arte diz
respeito também ao fato da idéia de murais fazer parte de uma tradição que
vinha de longa data pois, em épocas pré-colombianas os muros já eram cobertos
de pinturas. A primeira vez que se deu conta disso foi quando Rivera junto com
Vasconcelos conheceram o templo dos Jaguares em Yucatán 1921.
Uma outra
razão para o muralismo diz respeito ao “problema do índio”, novamente reavivado
pela revolução, sob o qual rugia a grande questão de ser ou não o México duas
nações e que, por implicar a discussão sobre o papel da arte, dava a esta uma
considerável peso.
O muralismo se estabeleceu e promoveu mais do que uma fusão
cultural, os muralistas exigiam a
erradicação da arte burguesa ( a pintura de cavalete) e apontavam a tradição
indígena como o modelo do ideal socialista de uma arte aberta para o povo.
Então o México teve seus maiores e principais muralistas que ficaram conhecidos como : Los Tres Grandes: Diego Rivera, José Clemente Orozco e
David Alfaro Siqueiros.
São os artistas plásticos que formaram a primeira geração de muralistas. Aqui colocarei obras de grande importância de cada um deles e, infelizmente não irei adentrar em suas biografias por conta da postagem ficar excessivamente grande. É apenas um recorte porque falar de arte não tem fim! Maravilha!!!
Diego Rivera (1886-1957)
Obras:
José Clemente Orozco (1883-1949)
Obras:
Hospício Cabañas em Guadalajara
Que viagem de louco essa pintura................fez jus ao lugar! rsrs
David Alfaro
Siqueiros (1826-1974)
Obras:
O movimento muralista introduziu expectativas de uma época na qual se tentava levar a
possibilidade de transformação social na qual um povo sofrido devido a uma penosa ditadura.A arte seria um resgate e valorização de interpretações do passado juntamente com esperanças de desenvolver no futuro uma sociedade mais justa e igualitária. Seria um esforço para empregar a arte como um
agente de transformação das estruturas sociais, ou seja, a verdadeira revolução de ideias e um povo através de sua arte!
BIBLIOGRAFIA:
- Livro: ADES, Dawn: "O movimento muralista mexicano" in: Arte na América Latina: a era moderna: 1820-1980. São Paulo, Cosac & Narfy, 1977
- Aulas e textos: História da Arte - PUC; Porf. Mestre- Marcelo Squinca- 2° semestre 2013.
- Google imagens;
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LINDOOOO!!!!! Q bom que voltou com sua visão maravilhosa sobre a arte.
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