26 de jun. de 2014

Trabalho de Gigantes

Hoje eu farei um post sobre esculturas e escolhi um artista da arte contemporânea, Ron Mueck, australiano de Melbourne (1958) e trabalha na Grã-Bretanha. Iniciou como fabricante de marionetes e modelos para a televisão e filmes infantis. Depois criou sua própria companhia em Londres, trabalhando para a indústria de publicidade e aos poucos foi aperfeiçoando suas esculturas desejando deixá-las mais realistas. 
Com toda certeza ele irá impressionar á todos vocês e, aos que já o conhecem se deleitem em observar suas obras extraordinárias.
Ele é um artista do hiper-realismo, suas obras fazem uma retratação da imagem humana de uma forma extraordinária. Podemos observar que ele tem uma preocupação minuciosa em colocar expressões faciais, jeitos e posturas bem realistas por todos os ângulos, onde demonstra sua aptidão em recriar a anatomia humana. É uma riqueza infinita de detalhes dos corpos humanos que em alguns casos, se não fosse pelo tamanho poderiam perfeitamente serem confundidos com seres humanos reais daí, vem a nossa primeira reação que é de total espanto. Algumas esculturas chegam a ter até 5 metros de altura!
Agora o mais curioso disto é ele próprio não se considerar um escultor e muito menos um artista:

"Jamais quis ser um escultor. Não sei bem porque faço isto mas não me imagino a fazer outra coisa. Não me considero um artista, isto é simplesmente a única coisa que sei fazer." (RON MUECK)



































Suas obras mostram a vida em sua plenitude, é a fragilidade do ser humano que nos faz lembrar de que não somos perfeitos.
Hoje a cobrança que temos em busca da perfeição faz uma perseguição desumana sobre nós. Vivemos a época da estética, da beleza, da mediocridade.
Algum tempo atrás li em um site (não me recordo qual) dizendo coisas horríveis sobre a Presidenta Dilma Rossef (primeiro quero deixar claro que o comentário não é político e sim da visão de mundo hoje). Ela se encontrava de férias em uma praia e vestia um maiô. Foram comentários absurdos sobre sua “forma física”. Fiquei horrorizada por estarem cobrando de uma mulher com mais de 60 anos de idade uma perfeição que não existe! Ela tem uma filha, governa um país (que creio não ser um mar de rosas o tempo todo) e já está na terceira-idade, o que mais eles querem???
Nosso corpo se transforma ao longo dos anos, por conta de idade, gravidez, doença e por outras séries de coisas que fazem parte da “natureza humana”.
Será então que o espanto que as obras de Ron Mueck nos causa é da alienação que foi introduzida em nós sobre o que é a estética no mundo contemporâneo? Ou isto já transformou e dominou nosso interior para rejeitar tudo aquilo que não é perfeito? 

Até a próxima!



15 de jun. de 2014

Filme - Os Sete Samurais

Hoje farei meu primeiro post sobre cinema. Afinal, cinema também é arte e não podemos deixar este assunto de lado.
O cinema nasceu da fotografia e de outras inovações como os jogos ópticos. Vamos para um breve resumo: em 1876, Eadweard Muybridge colocou 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo e com isto conseguiu a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em 1888, Louis Aimeé Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca de 02 segundos e por conta da debilidade do papel fez com que a projeção não desse certo.
Os irmãos Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um – máquina de filmar, de revelar e projetar- e em 28 de dezembro de 1895 foi organizada uma exposição pública de filmes no Salão do Grand Café de Paris. O filme exibido foi L’ Arrivèe d’um Train à La Ciotat. Foi um verdadeiro sucesso e desde então tentaram casar a imagem com um som sincronizado.
Então, o cinema nasce no período do modernismo.
O filme é da década de 50 mais exatamente feito em 1954, pelos escritores Shinobu Hashimoto, Akira Kurosawa, Hideo Oguni e dirigido por Akira Kurosawa. Os atores são: Toshiro Mifune, Takashi Shimura, Yoshio Inaba, Seiji Miyaguchi, Minoro Chiaki, Daisuke Kato, Ko Kimura.
O filme conta a história de um grupo de camponeses que sofriam frequentemente ataques de bandidos. Cansados de tanto sofrimento e numa medida desesperada, resolvem contratar Samurais para defender o vilarejo. São Samurais do século XVI e são aqueles que não possuem mestres. Pode-se observar no filme que eles não são limpinhos como o Tom Cruise em “O último Samurai”, rsrsrsrsrs! Venenos á parte sem desmerecer é claro!
Fazer um resumo sobre o filme é impossível mas, podemos observar que se trata de valores e emoções humanas ou seja, vale a pena assistir a um filme tão belíssimo!
Fica a dica, procure assistir o filme original (existem com legendas em português) e não os que possuem uma versão mais curta porque, pensar que não irá suportar um filme tão longo é um ledo engano(são três horas e meia). Não há como você dispersar sua atenção de uma obra tão magnífica, vale a pena.
Então, aproveitem um dia de frio e joguem-se para debaixo do edredom e aprecie o que a arte tem de melhor e bom filme!
Até a próxima!